No dia 12 de fevereiro, na Casa Sede de Porto Alegre, ocorreu o 1º Seminário Formativo Lassalista, cujo tema foi “A Missão dos Irmãos em Moçambique”, com coordenação do Diretor Provincial de Formação e Acompanhamento, Ir. Marcelo Salami. O encontro, destinado aos Formandos Lassalistas, contou com a presença do Ir. Raimundo Aguiar, que desde 2010 vivencia missão em Moçambique.
O Irmão expôs brevemente a história da presença lassalista naquele continente, alguns elementos da cultura local e perspectivas da missão. Para ele, a partida para a África representou a coragem em aceitar um desafio. Nascido no Piauí, Ir. Raimundo estabeleceu semelhanças entre as dificuldades encontradas em sua região de origem e em Moçambique.
“Não é muito diferente a realidade da África da de algumas regiões do Norte e Nordeste brasileiros. Há aspectos muito parecidos. Muitas coisas eu consigo entender: alguns costumes, hábitos, comidas. Em Moçambique, a transformação pela educação se dá de maneira muito rápida. Os jovens que estudam conosco na Escola João XXIII são muito apreciados pelos órgãos de trabalho e pelas instituições, que sabem que lá eles tiveram uma formação sólida e coerente”, afirmou.
O testemunho de Ir. Raimundo significou uma relevante oportunidade para os Formandos terem uma visão missioneira mais ampla. “Quando ouvimos o Irmão falando, percebemos que Moçambique não é só um desafio, mas um convite. Nós, às vezes, temos a impressão de que algumas coisas são ruins e difíceis por lá, e acabamos não querendo sair de nossa zona de conforto. Esta vem como uma motivação e uma inspiração para fazer algo diferente, a fim de que nossa vocação seja realmente para ajudar aqueles que necessitam de nós”, afirmou Gabriel Porto, Postulante do 2º ano.
Estar na África em Missão, porém, não é apenas questão de notoriedade, segundo o Ir. Raimundo. “Não me sinto um herói. Sinto-me um ser humano com capacidade de ajudar nossos irmãos que vivem em Moçambique, local que foi muito explorado pelos europeus. Tenho essa oportunidade de voltar às minhas origens afrodescendentes e poder colaborar na educação, que provoca muitas mudanças, inclusive de status social”, considerou.