Conheça história do fundador São João Batista de La Salle
Louis de La Salle, pai do nosso Fundador, era conselheiro de Luís XIV, rei da França, e presidente da corte real em Reims. Já a mãe, Nicolle Moët de Brouillet, era filha de família nobre e famosa pelos vinhedos e poder em toda a região conhecida como “Champagne”.
Quando nasceu seu primeiro filho, a 30 de abril de 1651, Louis e Nicolle de La Salle o registraram e batizaram com o nome de João Batista. Aos 27 anos La Salle se tornou sacerdote, e nos 40 anos restantes de sua vida, grande educador do século XVII.
Aos dez anos, João Batista começou a frequentar o Colégio dos Bons Meninos. Nascido numa família muito religiosa, desde cedo sentiu uma forte inclinação para o sacerdócio. Ao manifestar esse desejo a seus pais, obteve seu consentimento.
Em 1670 ingressou no Seminário São Sulpício de Paris para continuar o estudo de Teologia, em vista de sua preparação ao sacerdócio. Mas em 1672, devido ao inesperado falecimento de seus pais, teve que voltar a Reims para assumir a tutela de seus irmãos e irmãs. Nessa responsabilidade encontrou um orientador na pessoa do seu primo padre Nicolás Roland, apenas 9 anos mais velho que ele, auxiliar na Catedral de Reims, onde João Batista atuava como cônego desde os 15 anos de idade.
Aos 27 anos, La Salle foi ordenado padre na catedral de Reims. Em 1679 concluiu seus estudos em Teologia na Universidade de Reims.
Ele celebrou a primeira missa na Capela de Nossa Senhora. Em seguida, aos 26 anos, foi ordenado padre. No mesmo período, concluiu seus estudos em Teologia na Universidade de Reims. Em 1679, passou a compor a direção daquela Universidade.
Em fevereiro de 1679, em visita à casa das Irmãs do Menino Jesus, que geriam um orfanato em Reims, João Batista De La Salle encontrou-se com Adriano Nyel, um jovem professor que desejava abrir uma escola para jovens pobres nessa cidade. Solidário com suas intenções, La Salle ajudou-o a concretizar esse plano, pois em abril já conseguiu abrir a primeira escola.
No final do 1º semestre de 1682, já com o título de doutor em Teologia pela Universidade de Reims, João Batista de La Salle renunciou ao cargo de cônego da Catedral de Reims que exercia desde os 15 anos. Dessa forma abriu mão do status, benefícios, rendimentos e responsabilidades relacionados a esse posto, cedendo-o ao padre João Faubert, um sacerdote pobre da Arquidiocese de Reims.
Nessa época, os professores acolhidos por La Salle lhe pediram que se tornasse seu confessor, adotaram a prática da oração comunitária e decidiram chamar-se de Irmãos. Após muito refletir, João Batista entendeu tratar-se de um chamado para dedicar sua vida a cuidar das escolas e da formação dos mestres.
Na grande fome que assolou a França nos anos de 1683 e 1684, João Batista distribuiu a herança de sua rica família (cerca de US$ 500 mil em dinheiro de hoje) para os pobres, entregando diariamente pão a todos quantos precisavam e acorriam a sua casa.
A partir de 1679 João Batista De La Salle dedicou-se de forma mais intensa à formação de professores ocupados na educação de crianças e jovens, principalmente dos mais pobres. Entretanto, sua missão encontrou oposição por parte das autoridades eclesiásticas, que não aceitavam a criação de uma nova forma de vida religiosa vivendo em comunidade como leigos consagrados, ocupando-se de escolas, juntos e por associação.
Vencendo muitas resistências, João Batista De La Salle fundou em 1680 o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, também conhecidos como Irmãos Lassalistas. Trata-se da primeira congregação religiosa masculina na Igreja católica constituída exclusivamente de religiosos leigos, isto é, não sacerdotes.
La Salle contribuiu para o surgimento da “civilização escolarizada”, defendendo a obrigatoriedade do ensino sobretudo para a classe popular, possibilitando o acesso à educação pela gratuidade universal e cooperando para a melhoria da escola primária, com a fixação de um currículo mais preciso e uma administração mais eficaz, dirigido especialmente “para os pobres e filhos dos artesãos”.
Já bastante doente e avançado em idade, João Batista De La Salle faleceu em Ruão na sexta-feira santa, dia 7 de abril de 1719, três semanas antes de completar 68 anos de idade. Seu corpo foi sepultado no dia seguinte, na igreja de São Severo, paróquia a que pertencia a casa de Saint-Yon.
Em 1900, João Batista de La Salle foi proclamado santo pelo Papa Leão XIII. E a 15 de maio de 1950, por sua vida e seus escritos inspirados, foi Papa Pio XII proclamado Padroeiro universal dos Educadores pelo Papa Pio XII.
Por isso, os Irmãos de La Salle comemoram o seu Fundador, São João Batista De La Salle, nessa data. No Rio Grande do Sul, em 1958, o então Governador Ildo Meneghetti proclamou La Salle Patrono do Magistério Gaúcho.
Neste mesmo dia, em 1950, o Papa Pio XII declarou São João Batista De La Salle Padroeiro Universal dos Professores e Estudantes de Magistério. Justamente por isso, comemora-se nesta data o Dia De La Salle. No Rio Grande do Sul, por ato do Governador Ildo Meneghetti, La Salle foi escolhido como Patrono do Magistério Gaúcho.