“Tenho várias esperanças para este ano”, comenta Irmã Paula Montano, 32, da Congregação de Jesus. “Sobretudo que o Senhor Jesus volte a ter o centro que sempre deveria ter tido, e a esperança de que a vida religiosa jovem tenha muitas iniciativas, propostas e desejos de servir”.

Já a Irmã Patricia Rojas, 45, da Congregação das Ministras dos Enfermos de São Camilo, também partilhou a sua esperança: “Buscar sempre mais revitalizar nossa vocação na Igreja e que sejamos sempre mais dóceis em realizar o plano que Deus quer no mundo através de nós como consagradas e consagrados”.

“O fato de celebrar a vida consagrada já é um presente”, disse o capuchinho Salvador González, 51. “Minha esperança – acrescentou – é ser cada vez mais fiel ao amor de Deus”. A religiosa de origem croata Avelina Franoff, 82, da Congregação das Filhas da Misericórdia, um pouco antes de começar a missa, revelou: “Tenho esperança no Senhor e confio na sua misericórdia para que Ele faça de nós o que Ele quiser”.

Assim, vencendo um frio e uma chuva de verão fora do comum, centenas de religiosos e religiosas foram chegando na tarde de sábado, dia 30 de novembro, ao santuário votivo de Maipú, no bairro de mesmo nome, para dar início oficial ao Ano da Vida Consagrada convocado pelo Papa Francisco.

Foram acompanhados pela presidenta da Conferência de Religiosos e Religiosas do Chile (CONFERRE), Marcela Sáenz, e membros da equipe diretiva que, junto com a Conferência de Institutos Seculares (CONIS) e a Conferência Episcopal, coordenaram o evento.

A celebração de ação de graças foi presidida pelo bispo de Illapel, dom Jorge Vega, religioso do Verbo Divino. Antes da procissão de entrada, falou das suas expectativas: “Tenho a esperança e a convicção de que o Senhor nos vai abençoar neste ano. Vai ser um tempo de reflexão e de ação de graças”, precisou.

Em sua homilia destacou que neste ano “a vida consagrada olhará para si mesma e analisará como está vivendo seu papel profético no mundo atual, como está respondendo ao chamado que constantemente lhe é feito desde as periferias, e buscará discernir para ver quais elas são”. “Que este ano – completou o bispo – a vida consagrada não esteja centrada nas luzes e fogos de artifício de ativismos sem sentido... Ela tem que sair ao encontro da periferia sem ter medo de abandonar as comodidades nas quais tantas vezes nos encontramos, e em lugares onde não somos imprescindíveis”, indicou.

O encontro terminou com uma pequena cerimônia de envio. Cada participante recebeu um envelope de papel para levar a seus locais de serviço e missão sementes de plantas que foram abençoadas previamente no altar. O sinal é que o Ano da Vida Consagrada começa a “entrar na terra profunda de nosso coração”.

Informação e fotos: Conferência de Religiosas e Religiosos do Chile (Conferre) – http://conferre.cl/